DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

OSTEOMUSCULAR DISORDERS IN HEALTHCARE PROFESSIONALS: AN INTEGRATIVE REVIEW OF THE LITERATURE

Resumo

O setor da saúde se configura como uma área em que há uma crescente demanda por serviços, assim, os profissionais inseridos nesta esfera apresentam suscetibilidade a desenvolverem diversas afecções, dentre elas, as de ordem osteomuscular devido às sobrecargas físicas e mentais. Diante disto, o presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento da literatura acerca dos principais distúrbios osteomusculares que acometem os profissionais de saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura em que se realizou uma busca nas bases de dados eletrônicas Cochrane Library, SciELO (Scientific Electronic Library Online) PubMed e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Para isto, foram incluídos estudos publicados entre os anos de 2012 a 2022, que apresentaram disponibilidade de texto completo de maneira gratuita em inglês e/ou português. Como critérios de exclusão foram levados em consideração aqueles que não tiveram relação com o tema proposto, bem como revisões de literatura, dissertações, teses, monografias e resumos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 10 artigos para constituírem a presente revisão. Como resultado observou-se que há uma relação entre os fatores biomecânicos existentes em cada atividade profissional com o surgimento destas patologias, podendo as mesmas se apresentarem de formas diferentes em distintas profissões. Houve uma maior prevalência de distúrbios osteomusculares entre os profissionais que não praticavam atividades físicas, que realizavam o manuseio de pacientes mantendo um contato direto com os mesmos, e entre os profissionais do sexo feminino. Os distúrbios mais relatados foram dor, rigidez, fadiga e dormência, sendo as regiões lombar, dorsal, cervical, dos ombros, punhos e mãos as mais afetadas. Portanto, concluiu-se que o surgimento destas afecções está associado as características individuais e laborais, estando relacionados a fatores como sexo, profissão, prática de atividade física e hábitos de vida em geral.