DIETAS DA MODA: UM ESTUDO DE REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE A DIETA CARNÍVORA
fad diets: an integrative review study on the carnivore diet
Palavras-chave:
Dietas; Hábitos Alimentares; Nutrição Humana; Comportamento Alimentar.Resumo
As dietas da moda têm se tornado cada vez mais populares, impulsionadas por promessas de emagrecimento rápido, melhora na disposição e até mesmo no controle de doenças. Entre as mais populares, a dieta carnívora tem ganhado destaque nos últimos anos, devido ao número de adeptos e pela premissa de excluir totalmente alimentos de origem vegetal, priorizando o consumo de carnes e derivados. Com base nos levantamentos realizados, este trabalho tem a finalidade de realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os possíveis efeitos da dieta carnívora na saúde humana, avaliando seus riscos, benefícios e impactos. A metodologia consistiu em uma busca e seleção de artigos científicos publicados nos últimos cinco anos na base de dados PubMed Central (PMC), utilizando descritores: “carnivore”, “carnivore diet”, “ketogenic diet”, “meat-based diet” e operadores boleanos (OR/OU). Após aplicação dos critérios de inclusão (ano, tipo de estudo, e exclusão, resultaram em três estudos que foram incluídos na análise final, dois de natureza descritiva e um ensaio clínico randomizado. Os achados apontam possíveis benefícios a curto prazo, como melhora de marcadores glicêmicos, porém revelam também deficiências significativas de nutrientes como fibras, vitamina C, magnésio e folato, além de elevações nos níveis de LDL-colesterol. As principais limitações metodológicas dos estudos incluíram amostras pequenas, curto tempo de acompanhamento e falta de grupo controle. Constatou-se ainda a escassez de ensaios clínicos robustos que avaliem os efeitos da dieta carnívora a longo prazo. Dessa forma, os resultados não são suficientes para recomendar essa prática alimentar, sobretudo em grupos vulneráveis. Conclui-se que, apesar do apelo midiático e popularidade da dieta, estratégias alimentares devem respeitar o princípio da individualização, baseando-se em evidências científicas sólidas e considerando o contexto social, cultural e clínico do indivíduo.
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