RELAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES COM CANAL MANDIBULAR: COMPARAÇÃO ENTRE RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TCFC

Relationship between lower third molars and mandibular canal: comparison between panoramic radiography and ctc

Abstract

A exodontia dos terceiros molares, na maioria das vezes, está indicada, sendo os molares inferiores mais passíveis de complicações trans e pós-operatórias. Para evitar complicações na cirurgia, exames imaginológicos devem ser solicitados. O objetivo avaliar a relação do terceiro molar inferior (3MI) com o canal mandibular (CM) em radiografia panorâmica (RP), comparando-as com as tomografias computadorizadas de feixe-cônico (TCFC). Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo, com 28 amostras de exames de imagem panorâmico e tomográfico de 3MI de pacientes submetidos a ambos os exames na clínica escola de odontologia da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, entre junho de 2019 a abril de 2022. Utilizando um instrumento de pesquisa confeccionado, as imagens disponíveis foram classificadas segundo Winter, Pell e Gregory e observadas variações anatômicas do CM e da avaliação da presença ou ausência dos sinais radiográficos. A coleta de dados foi realizada com dois radiologistas odontológicos com mais de dois anos de experiência em ambiente e computadores padronizados. Os dados foram tabulados em excel e submetidos à análise estatística com o auxílio do pacote estatístico SPSS versão 21. Predominantemente, notou-se a posição vertical tanto na RP (42,3%) quanto na TCFC (38,4%). Na classificação de Pell e Gregory, prevaleceu a Classe I Nível A, com 23% na TCFC e 34,6% na RP. O CM não possuía muitas variações. A TCFC evidenciou 34,6% de contato do 3MI com a cortical do CM e 30,8% com o interior do canal. Alguns sinais radiográficos prevaleceram pela RP, tais como: interrupção do canal (15,3%) e obscurecimento radicular (15,3%). Entretanto, 34,6% dos 3MI não possuíam contato com o canal pela TCFC, e apenas 19,3% das RP corroboravam com esse resultado. Portanto, verifica-se a importância de um bom planejamento no intuito de evitar complicações cirúrgicas e proporcionar ao paciente um pós-operatório menos doloroso e mais satisfatório.