EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DO FORMALDEÍDO EM LABORATÓRIOS DE ANATOMIA

Autores

  • Isadora Ísis Fernandes Vieira
  • Bruna Pires de Assis Dantas
  • Felipe Coutinho Marques Ferreira
  • Raissa Bérgamo de Araújo Costa de Carval
  • Ian Bustorff Freire
  • Eulâmpio José da Silva Neto

Palavras-chave:

Formaldeído, Anatomia, Exposição, Toxicidade, Cadáver

Resumo

O formaldeído é produzido através da oxidação catalítica do metanol. Ele é encontrado em condições ambientais na forma gasosa, é produzido no organismo sem promover danos, e é utilizado em larga escala na indústria como germicida, desinfetante, antisséptico, em laboratórios para embalsamar cadáveres, além de ser utilizado na fabricação de pesticidas e alisantes capilares. Em 2006, foi comprovado o caráter carcinogênico do formaldeído graças a estudos realizados em animais pela IARC - Agência Internacional de Pesquisa do Câncer. A exposição por contato direto, ingestão e inalação podem gerar dermatites de contato, irritação nos olhos, no trato respiratório e gastrointestinal, podendo evoluir para formas neoplásicas, como o aumento no risco de leucemia identificado em patologistas e embalsamadores. O uso de EPI`s é imprescindível para manipulação deste aldeído, sendo necessário tomar medidas cabíveis caso haja contato direto deste com a pele. O artigo remete a uma revisão de literatura, realizada no período de junho a outubro de 2012, onde foram observados malefícios como irritações das mucosas e das vias aéreas superiores além do caráter carcinogênico e teratogênico, podendo causar cefaléia, sonolência e náuseas. Mesmo com o número reduzido de publicações referentes aos efeitos tóxicos do formaldeído, é possível comprovar que este pode gerar inúmeros problemas às pessoas expostas por períodos prolongados, como estudantes da área de saúde, anatomistas, patologistas, entre outros. Irritações no trato respiratório em macacos revelaram degeneração precoce e leve metaplasia escamosa em toda via aérea, sendo também observada que a proliferação celular em animais expostos aumentou 18 vezes em relação ao grupo controle, aumentando assim a chance de neoplasias. É necessária a realização de novos estudos a respeito dos danos causados pela exposição ao formaldeído, devido aos seus danos irreversíveis principalmente a longo prazo.

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Publicado

2013-06-15

Como Citar

Fernandes Vieira, I. Ísis, de Assis Dantas, B. P., Marques Ferreira, F. C., Araújo Costa de Carval, R. B. de, Freire, I. B., & da Silva Neto, E. J. (2013). EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DO FORMALDEÍDO EM LABORATÓRIOS DE ANATOMIA. Revista De Ciências Da Saúde Nova Esperança, 11(1), 100–108. Recuperado de http://revistanovaesperanca.com.br/index.php/revistane/article/view/424

Edição

Seção

Ciências da Saúde/Artigo Original

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