A INCIDÊNCIA DE ESOFAGOPATIAS AVALIADAS POR ENDOSCOSPIA DIGESTIVA ALTA
Palavras-chave:
Endoscopia. Sistema Digestivo., Esofagite., Doenças do Esôfago.Resumo
A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é uma importante ferramenta diagnóstica na investigação de Esofagopatias,
pois apresenta elevada acurácia na detecção de doenças do trato digestório alto. Assim, objetivou-se analisar a incidência
de esofagopatias evidenciadas em EDA. Bem como tipificá-las, relacionando-as com as variáveis de gênero
e faixa etária. Trata-se de um estudo retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado com laudos de EDA
da Comunidade de Saúde de Mossoró, RN. A amostra foi composta por 10.317 (dez mil trezentos e dezessete) laudos
de EDA, realizados no período de 2008 a 2013. Mas, foram excluídos 6 laudos ilegíveis e 168 EDA incompletas
(exame não realizado). As análises estatísticas foram concretizadas pelo SPSS (Statistical Package for the Social
Sciences, versão 20.0), com nível de confiança 95% e p < 0,05. As Esofagopatias foram bastante frequentes, com
incidência de 22,4% das EDA estudadas. Dentre essas lesões, as mais observadas compõem o grupo das doenças
benignas do Esôfago. Destacando-se as Esofagites (92%) como a lesão esofágica mais frequente e dentre as Esofagites,
a Esofagite Erosiva (73,3%) a mais incidente. Seguindo as Esofagites, as Hérnias Hiatais ocupam o segundo
lugar, com 13,1% das lesões mostrando falhas no hiato diafragmático. As lesões sugestivas de malignidade foram
evidenciadas em menos de 2,5% das esofagopatias. As doenças esofágicas, estatisticamente, foram mais comuns
no gênero masculino e aumentam suas frequências com o avançar da idade, sugerindo uma influência externa
e comportamental. As lesões sugestivas de processos tumorais só foram evidenciadas, após a quinta década de
vida. A EDA é uma importante ferramenta na investigação de doenças do tubo digestivo alto. Representa um método
seguro, acessível e com elevada sensibilidade diagnóstica na detecção de Esofagopatias.
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