VASECTOMIA EM CADÁVER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA

Autores

  • Renatha Figueiredo de Oliveira
  • Kíssia Roberta de Luna Celani
  • Tânia Regina Ferreira Cavalcanti

Palavras-chave:

Vasectomia, Espermatozoide, Ducto deferente

Resumo

A vasectomia consiste em um procedimento em que parte do ducto deferente é ligada e/ou excisada por meio de uma incisão na parte póstero-superior do escroto. Portanto, o líquido ejaculado não contêm espermatozoides, apenas a secreção decorrente das glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. O ducto deferente começa na cauda do epidídimo, ascende passando medial ao mesmo e atravessa a parede anterior do abdome através do canal inguinal. A pesquisa utilizou um cadáver da Faculdade de Medicina Nova Esperança, após a aprovação da instituição através do Projeto Anatomia Aplicada, conservado em formaldeído 10% e instrumentos cirúrgicos e de dissecação (pinças, bisturis, lâminas, tesouras, entre outros). O Cadáver foi colocado em decúbito dorsal, e o pênis, preso ao abdome; para que tivesse um melhor acesso a face póstero-lateral do escroto. A partir da visualização do polo inferior do escroto e palpação da região imediatamente posterior e superior a este, foi possível definir o local para execução do procedimento. Realizou-se uma incisão de 03 cm, com posterior dissecação das camadas do escroto e demais envoltórios: pele, túnica, dartos, fáscia espermática externa, fáscia cremastérica e músculo cremáster, fáscia espermática interna e a lâmina parietal da túnica vaginal. Com a exteriorização do ducto deferente, foi feita a ressecção de um segmento deste e, em seguida, a sutura de suas extremidades. O presente procedimento não pode ser realizado de acordo com os métodos tradicionais utilizados em cirurgias de esterilização in vivo, pelas condições de enrijecimento do corpo após a morte e a fixação em formol. Durante o procedimento, foi possível localizar, através da palpação, o ducto deferente, no entanto, não se pôde isolá-lo digitalmente e por esse motivo também a incisão realizada foi maior do que o esperado. Vale ressaltar que apesar de todas as camadas existentes foi fácil se chegar ao ducto deferente.

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Publicado

2015-06-15

Como Citar

de Oliveira, R. F., de Luna Celani, K. R., & Ferreira Cavalcanti, T. R. (2015). VASECTOMIA EM CADÁVER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA. Revista De Ciências Da Saúde Nova Esperança, 13(1), 85–90. Recuperado de http://revistanovaesperanca.com.br/index.php/revistane/article/view/474

Edição

Seção

Ciências da Saúde/Artigo Original

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