O CORPO E A ARTE: A FREQUÊNCIA DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE MÚSICA
Palavras-chave:
Educação., Prevenção., Dor musculoesquelética, MúsicaResumo
O estudo da Ergonomia na performance musical indica que elevados índices de dor e desconforto fazem parte da rotina de estudos dos músicos. Dores musculares, articulares e neurais configuram queixas frequentes nessa classe profissional. Entender as causas envolvidas no adoecimento de alunos de música possibilita a tomada de decisões corretivas e preventivas ao longo da formação universitária. O objetivo desse estudo foi investigar quais são as principais queixas físicas e crenças gerais de saúde, em universitários do curso de música, e como os aspectos de saúde ocupacional se relacionam com a prevenção e/ou surgimento de lesões neuromusculoesqueléticas relacionadas ao tocar. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória e mista. Participaram do estudo 415 estudantes graduandos em música, de instituições públicas, sendo 63,6% (n=264) homens e 36,4% (n=151) mulheres, com média de idade de 28,8 anos, que responderam a versão brasileira do Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos Modificado. A amostra revelou um índice de dor de 55,9%, com predomínio nas regiões de ombro, cotovelo, pescoço, mãos, punhos e dedos, sendo as mulheres e os instrumentistas de corda os mais afetados. A maioria dos participantes (67%) realiza pausas regulares e apresenta crenças de saúde positivas em relação à saúde geral do músico. O estudo revelou um panorama geral da saúde ocupacional de estudantes de música, indicando a alta incidência de dor relacionada à prática musical. Aponta-se, por fim, a necessidade de implementação das estratégias de saúde educativas e preventivas específicas na formação musical.
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